terça-feira, 29 de junho de 2010

Cursos de extensão - julho 2010 - UniRitter




VOCÊ QUER INTERAGIR EM LÍNGUA INGLESA (LI)?

Ementa: O papel da interação de um grupo de pessoas com noções rudimentares de Língua Inglesa (LI) como Língua Estrangeira (LE) que se propõe a construir conhecimento no tempo e espaço de uma oficina de seis horas para o uso da língua e capacitação sociolinguística para fazer uso desta.
Ministrante: Maíra Barberena de Mello
Público-alvo: Alunos do UniRitter e demais interessados
Pré-Requisitos: Noções de LI do Ensino Médio
Carga Horária: 06 horas/aula
Local: UniRitter/Porto Alegre
Data e Horário: 13,14 e 15 de julho de 2010, das 19h às 20h40min
Número de Vagas: mínimo 8, máximo 18 alunos

O AUTOR E O NARRADOR NOS ROMANCES À MÃO ESQUERDA E O LOBO ATRÁS DO ESPELHO, DE FAUSTO WOLFF

Ementa: O curso ressalta a importância que o escritor Fausto Wolff tem no cenário literário brasileiro, concentrando-se no estudo de dois de seus romances: À mão esquerda e o Lobo atrás do espelho. Na leitura das obras, enfatiza-se o estudo dos papéis do autor-pessoa e do autor-criador articulados na trama narrativa, tecendo-se considerações acerca das relações entre o biográfico e o ficcional.
Ministrante: Luíz Horácio Pinto Rodrigues
Público-alvo: Alunos dos cursos de Graduação e Pós-Graduação em Letras e demais interessados
Pré-Requisitos: -
Carga Horária: 12 horas/aula
Local: UniRitter/Porto Alegre
Data e Horário: 19, 20 e 21 de julho de 2010, das 19h às 22h40min
Número de Vagas: mínimo 5, máximo 15 alunos


AMBIENTES VIRTUAIS COMO RECURSO PEDAGÓGICO

Ementa: Capacitação e atualização em “Ambientes Virtuais como Recurso Pedagógico”.
Ministrante: Ligia Sayão Lobato Coppetti
Público-alvo: Alunos dos cursos de Pedagogia, de Licenciaturas e profissionais da área da educação.
Pré-Requisitos: Pertencer à área da educação
Carga Horária: 10 horas/aula
Local: UniRitter/Porto Alegre
Data e Horário: 14 e 16 de julho de 2010, das 13h30min às 16h50min, tendo mais 2 horas de EaD
Número de Vagas: mínimo 10, máximo 30 alunos

VOZ E COMUNICAÇÃO

Ementa: A proposta do curso é instrumentalizar o professor e alunos da graduação na área da educação a ter conhecimento sobre o funcionamento da voz e como cuidar da voz durante o exercício profissional.
Ministrante: Miriam Teresinha Pinheiro da Silva
Público-alvo: Professores e alunos de graduação, pós-graduação e Mestrado
Pré-Requisitos: Profissionais da voz (cantores, atores, professores, pastores e padres, advogados, juízes, promotores, repórteres, radialistas, operadores de telemarketing, leiloeiros, políticos, dubladores, vendedores, etc.) e interessados em geral.
Carga Horária: 08 horas/aula
Local: UniRitter/Porto Alegre
Data e Horário: 27,28 e 29 de julho de 2010, das 19h às 22h40min
Número de Vagas: mínimo 10, máximo 30 alunos

Informações:(51)3230 3391

sexta-feira, 18 de junho de 2010

TUITAR - O PRAZER DAS PALAVRAS

Reportagem ZERO HORA - 24 de abril de 2010

http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2882114.xml&channel=13&tipo=1§ion=1029&edition=14559&template=3898.dwt

CLÁUDIO MORENO

Antes que o estimado leitor desista de ler esta coluna, apresso-me em esclarecer que, apesar do título (alguns moderninhos escreveriam “de o título”, mas eu, para honrar os bons professores que tive, não posso cair nessa armadilha) – apesar do título, repito, referir-se a um fenômeno da internet, pretendo tratar exclusivamente de assuntos de nosso idioma – aliás, como vem acontecendo aqui, sábado sim, sábado não, há quase oito anos. Marta de tal, revisora de texto (“mas de primeira viagem”, acrescenta ela, simpaticamente), quer saber como ficaria em Português o verbo relativo ao Twitter, atualmente uma das formas mais populares de relacionamento na internet. “Minha colega, também revisora, aportuguesou para tuitar, mas eu defendo twittar, respeitando a origem da palavra. Qual das duas o senhor prefere?”.

Nossa revisora – que, ao contrário de muitos de seus colegas, tem a rara virtude de confessar que está em dúvida sobre alguma coisa – acrescenta, na sua mensagem, que um professor de Pernambuco defende a mesma forma que ela, alegando que, sendo Twitter um nome estrangeiro, teríamos de aplicar aqui a “regra da nova ortografia que manda escrever com K, W e Y as palavras derivadas de um nome próprio estrangeiro escrito com essas letras”, como darwinismo (de Darwin) ou kardecista (de Kardec). Pois eu, prezada Marta, vou discordar de ti e do insigne professor, baseado em alguns princípios fundamentais que regulam o processo de aportuguesamento de um vocábulo estrangeiro.

Para os que não pertencem à tribo dos cibernautas, explico que o Twitter é uma rede social que nos permite enviar e receber mensagens curtas (apenas 140 toques – o que corresponde ao texto que escrevi do início deste parágrafo até o parêntese de abrir). Como essas curtíssimas mensagens podem ser comparadas a um breve pio, seus idealizadores batizaram a rede de Twitter, verbo do Inglês que, segundo o Oxford English Dictionary, é uma onomatopeia para designar exatamente a voz dos passarinhos. Pois aí já começa a inana: nos países de língua inglesa existe, para este verbo, a variante tweet. Se simplesmente importássemos (meio à moda galega...) um desses verbos do Inglês, teríamos aqui uma escolha ingrata entre tweetar e twittar (não sei qual dos dois é mais horrendo). No entanto, se fizermos com eles – nota que não importa qual deles – a nacionalização que nossa língua costuma fazer com todos os vocábulos importados, ele vai ingressar aqui necessariamente como tuitar, significando “postar uma mensagem no tuíter”. Esta é a forma que recomendo, assim como recomendo tuíter também para o aportuguesamento do substantivo tweeter, nome dado ao alto-falante para sons agudos, vocábulo corriqueiro para quem trabalha no campo da sonorização de carros e de ambientes.

Outra coisa: aquele professor se refere a uma regra “da nova ortografia” que manda grafar com W os vocábulos derivados de nomes próprios estrangeiros. Para começar, essa regra é velha como a Sé de Braga. Sempre foi assim, desde o Acordo de 1943. O Novo Acordo, na sua desonestidade implícita, anunciou como novidade o que já era velho; sempre se escreveu shakespeariano, kleiniano, wagneriano, etc., seguindo o princípio absolutamente sensato de preservar a forma original dos grandes nomes das ciências e das artes que servem para batizar movimentos, teorias, correntes filosóficas e artísticas, incluindo aí vários epônimos médicos e técnicos que derivam do nome de seus inventores e pesquisadores. Se aportuguesássemos keynesiano para queinesiano – como costumamos fazer com os vocábulos comuns – seria muito difícil reconhecer, neste mostrengo, o nome de Lord Keynes, um dos mais importantes teóricos da história da Economia.

Não me parece, no entanto, que o twitter tenha esse perfil. Ele é apenas uma marca registrada estrangeira que, por sua popularidade, acabou se tornando um vocábulo comum em dezenas de idiomas (e por isso, a meu ver, já merece minúscula). Fenômeno similar ocorreu com Jeep, Teletype, Yo-yo ou Bakelite – que figuram alegremente em nossos dicionários como jipe, teletipo, ioiô e baquelite. Até mesmo nome de gente, quando não se enquadrar entre os nomes da ciência e do mundo da cultura a que nos referimos no parágrafo anterior, passa pelas devidas adaptações ortográficas ao ingressar em nosso léxico: por exemplo, de Lynch extraímos linchar, linchamento, etc.; de Boycott, boicote e boicotar. E assim por diante. Por tudo isso, acho que deverias ficar com tuitar, conjugando-o como um bom e pacato verbo regular: eu tuíto, tu tuítas, ele tuíta – ou ele não tuíta, nem tem vontade de tuitar. A propósito: quanto a mim, eu tuíto, sim, com o codinome de @moreno– – o que se lê, em bom vernáculo, “moreno anderlaine”.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Fotos do Congresso Internacional de Linguagem e Interação II - Unisinos







Alunos do Mestrado de Letras UniRitter participando e interagindo no evento com professores e palestrantes.

Lançamento de livro



A professora Beatriz Fontana lançou o livro Linguagem, Gênero, Sexualidade clássicos traduzidos, juntamente com a profa. Ana Cristina Ostermann no Congresso Internacional de Linguagem e Interação II, na Unisinos.
O livro conta com artigos de Robin Lakoff, Pamela Fishman, Candace West, Don H. Zimmerman, Deborah Tannen, Penelope Eckert, Sally McConnel-Ginet, Anna Livia, Kira Hall e Deborah Cameron. Nele estão representadas três perspectivas teóricas que orientam os estudos sobre as relações entre linguagem, gênero e sexualidade: déficit, dominância e diferença, na fala de homens e mulheres interagindo, além de apresentar a abordagem da diversidade, na noção de performatividade de gênero.
É um livro que mostra a evolução e os desdobramentos dos estudos na área, unindo os interesses de profissionais das áreas da linguagem, da sociologia, da antropologia, da psicologia, da comunicação e da educação em geral, que merece ser conhecido, consultado, discutido e utilizado na vida acadêmica e profissional. Recomendo.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Pais e professores discutem linguagem utilizada na internet:

Notícia:
02/junho/2010

Acesso: http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI4466312-EI8266,00.html
(Indicada pelo site da Claro)

"Kra, preciso flr c prof dps. Vamu cmg?" Esta frase, por incrível que pareça, está escrita em português. E a grande maioria dos leitores entende perfeitamente seu significado. Lugar comum em programas de bate-papo como MSN, Gtalk e torpedos de celular, o uso de abreviações para agilizar a escrita de mensagens é cada vez mais frequente. Por conta disso, pais e professores têm trabalhado seus significados de diferentes maneiras, em casa ou em sala de aula.

Uma das principais dificuldades dos educadores é entender o significado dos códigos utilizados neste tipo de comunicação. Professora de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental, Letícia Bastos afirma que tem procurado discutir, em sala de aula, as diferenças entre a chamada norma formal ¿ ou culta ¿ da língua e a informal.

"Aos poucos, com o uso contínuo, nós professores acabamos nos adaptando a este novo código de linguagem e, por fim, encontrando formas de adaptar o uso em sala de aula", afirma.

Muitos estudiosos em todo o mundo também têm se preocupado com os rumos da linguagem nestes tempos de expansão da internet. Em seu livro ¿A revolução da linguagem¿, o professor honorário de lingüística da Universidade do País de Gales, David Crystal, explica que por mais que se mude a grafia das palavras, o objetivo de uma mensagem - ser entendido pela pessoa que a recebe - permanecerá inalterado.

Por causa do bate-papo na internet, a psicóloga Jessica Feydit tem redobrado a atenção aos trabalhos escolares e provas da filha, que cursa o oitavo ano do ensino fundamental. Segundo ela, a escola também vem se mostrando bem rígida na hora das correções, avaliando a Língua Portuguesa em todas as disciplinas.

"O Instituto Nicia Macieira, aque no Méier, é uma escola muito tradicional e tem tido muito cuidado com a maneira com que os alunos escrevem. No caso da Jade, a principal dificuldade é com a regras de acentuação, principalmente porque, na internet, esse não é um recurso utilizado" explica.

Para Letícia, ainda é difícil observar os benefícios da linguagem utilizada na internet (também conhecida, popularmente, como internetês) em sala de aula, principalmente por alunos em fase de alfabetização. Segundo ela, essas mudanças na língua podem ser prejudiciais, pois há uma tendência a escrever como se fala.

"É muito difícil tirar marcas de oralidade na escrita e a linguagem da Internet tem essas marcas, suprime as sílabas ao abreviar palavras".

Aluna do sétimo ano do ensino fundamental, a adolescente Tatiana Muniz, de 12 anos, utiliza as ferramentas de bate-papo na internet para se comunicar com os amigos. Fã de programas como o MSN, confessa que comete atrocidades com a Língua Portuguesa na rede, mas procura se policiar em sala de aula.

"Uma vez escrevi um 'axu', ao invés de acho, em um trabalho da escola. Fui repreendida pela professora, mas ela usou meu erro para falar de internet em sala de aula, para os outros alunos. Acho que esse é um jeito mais rápido de conversar com meus amigos, mas sei que na aula tenho que escrever direito", afirma.

Especialistas em linguística ainda não chegaram a um consenso sobre que tipos de mudança esta nova linguagem vai trazer para o bom e velho português (e outras línguas ao redor do mundo). A única certeza que se tem é que algumas alterações devem ser sentidas ao longo do tempo, o que é considerado perfeitamente normal, analisando-se a evolução da língua através dos tempos.

"Sempre há mudanças na língua, pois toda língua 'viva' sofre alteração constante. Sofre influência de palavras estrangeiras (que acabam se 'aportuguesando'), de gírias, de várias coisas. A Internet e sua linguagem também contribuirão para isso", finaliza Letícia.

Novos eventos na área:



1) IX Encontro do Círculo de Estudos Linguísticos do Sul:
Data: 20-22 outubro 2010
Local: Palhoça/SC
Instituição promotora: UNISUL
Envio de trabalhos: até 08 de junho
Informações: http://www.celsul.org.br/unisul/circular.htm


2) IX ENCONTRO DE LINGUÍSTICA DE CORPUS:
Data:8 e 9 de outubro de 2010
Local: Porto Alegre /RS
Instituição promotora: PUCRS
Envio de trabalhos: até 25 de junho
Informações: http://www.pucrs.br/fale/elc_2010.pdf